
Um tribunal polaco absolveu três ativistas acusados de “profanação e ofensa contra sentimentos religiosos”, por imprimirem e distribuírem imagens de um ícone católico da Virgem Maria com uma auréola arco-íris LGBTQ+, revela o diário The Guardian.
O objetivo desta iniciativa foi protestar contra a influência da Igreja Católica nas decisões legislativas da Polónia.
O tribunal de Płock concluiu que “não houve evidências de um crime neste gesto”, justificando a sua decisão no facto de “não ter sido uma ação de ódio contra a religião, mas sim a defesa de uma comunidade contra a discriminação”.
O caso foi visto na Polónia como um teste à liberdade de expressão, face a um Governo profundamente conservador que tem adotado políticas controladoras das liberdades. Em janeiro, a Polónia aprovou uma lei sobre o aborto altamente restritiva, como explica a imprensa britânica.
Umas das acusadas, Elżbieta Podleśna, afirmou, à margem da audiência, em declarações aos media polacos que, em janeiro de 2019, a ação foi desencadeada por um grupo pertencente à igreja de São Domingos da cidade que condenava publicamente as pessoas LGBTQ+.