Ucrânia: líder do grupo Wagner é responsável “por milhares de crimes de guerra”, acusam autoridades

Yevgeni Prigozhin, responsável pelo grupo paramilitar Wagner, é “o responsável direto por milhares de crimes de guerra”, revelaram esta sexta-feira as autoridades ucranianas, que salientaram que estão a investigar o seu papel no conflito que arrancou a 24 de fevereiro de 2022.

Segundo o procurador-geral da Ucrânia, Andriy Kostin, num post na rede social ‘Facebook’, “é hora de acabar com a sangrenta tournée dos russos que estão cobertos pelo nome do famoso compositor”, relatando que Prigozhin “foi autorizado a recrutar, treinar e gerir os seus subordinados para utilização posterior em combate na Ucrânia. Tudo isto aconteceu sob o total apoio do atual regime russo”.

O responsável ucraniano considerou que o chefe do grupo Wagner “admite abertamente o seu papel na guerra contra a Ucrânia e com a autorização do Kremlin resolve questões de pessoal, recrutando dezenas de milhares de prisioneiros”.

Kostin afirmou ainda que Prighozin “foi condenado por roubo na Rússia e hoje é um herói” e parte da “elite criminosa de um regime terrorista”. “Os ‘wagnerianos’ comuns também não se esquivarão de suas responsabilidades, inclusive os que fugiram para o exterior. Os promotores já interrogaram dois combatentes que estão na União Europeia (UE)”, detalhou.

“Tenho a convicção de que, juntamente com os parceiros internacionais, garantiremos a responsabilização cabal de todos os criminosos que chegaram à nossa terra com armas nas mãos, bem como dos seus empregadores, que fazem negócios com sangue. O martelo da Justiça está sempre mais forte que o martelo da anarquia”, finalizou.

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