Soldados ucranianos abatem drone de fabrico chinês que sobrevoava Solviansk

Um drone Mugin-5, de fabrico chinês, foi abatido pelas forças ucranianas no fim de semana, com recurso a Ak-47. O fabricante dos aparelhos, conhecidos como os ‘drones Alibaba’, por estarem à venda por cerca de 12 mil euros em sites de vendas chineses como o Alibaba ou Taobo, já referiu que o incidente é “muito infeliz”.

O caso é relatado pela CNN, ocorrido no leste da Ucrânia, perto de Sloviansk, e é mais um exemplo de um drone civil, e que é facilmente comercializável, que é convertido pela Rússia num aparelho de guerra, com capacidade para carregar carga explosiva ou disparar armas, como forma de responder à escassez de esquipamentos de guerra.

Foram os serviços secretos ucranianos que detetaram o lançamento do drone, a partir de território tomado pelos russos, e alertou as tropas em Sloviansk. O dronte foi depois detetado por estes militares que até viram as luzes do aparelho a piscar.

As tropas dispararam contra o drone, e acabaram por fazer com que caísse. O aparelho estaria a voar a muito baixa altitude, segundo adiantam fontes militares. O drone em causa carregava uma carga explosiva: uma bomba de cerca de 20 kg, que mais tarde foi detonada em segurança pelas forças ucranianas.

“É muito rudimentar, pouco sofisticado e não é uma forma muito tecnológica de conduzir operações”, aponta Chris Lincoln-Jones, militar inglês reformado e especialista em drones de guerra, dizendo que é uma prova de que a Rússia não é a potência tecnológica e de guerra que se poderia esperar.

O especialista aponta que as forças ucranianas têm de estar preparadas cada vez mais “para o aumento do uso de armas adaptadas” pelos russos.

O fabricante do drone, a Mugin Limited diz condenar o uso dos seus aparelhos em contexto militar, de agressão ou guerra. “Não apoiamos este uso. E estamos a fazer o nosso melhor para o parar”, assegura a empresa chinesa.

Ler Mais



loading...
Notícias relacionadas