Putin demite chefias militares russas devido a “falhanços” na Ucrânia

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, demitiu pelo menos dois comandantes de alto escalão pelo fraco desempenho na guerra na Ucrânia, revelou o Ministério da Defesa do Reino Unido (MoD).
Latest Defence Intelligence update on the situation in Ukraine – 19 May 2022
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— Ministry of Defence 🇬🇧 (@DefenceHQ) May 19, 2022
Segundo a ‘Sky News’, na atualização diária dos serviços de informação, o Ministério nomeou os comandantes que foram suspensos, referindo o tenente-general Serhiy Kisel pelo seu “falhanço em capturar Kharkiv”.
Já o vice-almirante Igor Osipov “provavelmente” foi suspenso pelo naufrágio de um cruzador russo em abril. O documento acrescentou ainda que o chefe do Estado-Maior, Valeriy Gerasimov, “provavelmente permanece no cargo”, mas “não está claro” se mantém a confiança do presidente russo.
O relatório revela ainda que “o bode expiatório é provavelmente predominante no sistema militar e de segurança russo”, acrescentando que muitos militares envolvidos na guerra serão “cada vez mais distraídos” pelos esforços para evitar a culpa pessoal. “Será difícil recuperar a iniciativa nestas condições”, concluiu o MoD.
Recorde-se que a Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A guerra na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas das suas casas – cerca de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,2 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Também as Nações Unidas disseram que cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.