Papel higiénico, gel de banho, detergente para a loiça…Produtos de higiene pessoal e limpeza (também) disparam de preço. Cabaz encarece para mais de €100

A inflação tem verificado um aumento em flecha dos preços dos produtos nos supermercados, que já está debaixo da mira das autoridades, mas não se faz sentir apenas nas compras de produtos alimentares. Segundo as contas da Deco/Proteste, um cabaz de 12 produtos básicos de limpeza e de higiene subiu 12,16 euros no último ano.
Há um ano, a 23 de fevereiro de 2022, o cabaz analisado custava 88,12 euros. Em fevereiro deste ano, no mesmo dia, o mesmo cabaz de produtos já custava mais de 100 euros (100,28).
O aumento verificado ( de 13,80%) é acima da taxa de inflação de fevereiro, mas ainda assim abaixo dos valores que se registam nos preços dos produtos alimentares que, face a fevereiro do ano passado, esta semana custavam, no cabaz da Deco, mais 27,89%.
No que respeita a produtos de higiene, os produtos que mais aumentaram foram o gel de banho (46,54%), e o papel higiénico (35%). Seguem-se os pensos higiénicos (20,19%), o sabonete líquido (16,43%) o desodorizante spray de homem (16,12%) e o gel de barbear (14,12%).
Olhando aos aumentos de preços no cabaz de produtos de limpeza, verifica a Deco que no detergente para lavagem manual da loiça disparou em mais de 53,31%. O papel de cozinha subiu mais 35,42%, o creme de limpeza mais 31,34%, o limpa vidros mais 22,84 e o detergente líquido para a roupa mais 9,78%, revela a análise da Deco.
A associação assinala que a atividade promocional nos super e hipermercados podem justificar as oscilações de preços verificadas num ano de análise aos mesmos produtos e por isso deixa alguns conselhos:
– Não deixe os detergentes acabarem. Acompanhe os preços nos folhetos promocionais para decidir qual a melhor altura para os comprar.
– Se o preço for realmente mais baixo do que o habitualmente praticado, até pode ser tentado a comprar mais do que uma embalagem, mas tenha em atenção que há produtos, como os detergentes para a roupa, que têm ingredientes que perdem eficácia com o tempo e para os quais não aconselhamos a comprar embalagens com mais doses do que as que prevê gastar num período máximo de três meses.