“Não me venham dizer que a culpa é minha”: Sá Fernandes responde a Moedas e diz que não tem nada a ver com o palco-altar da JMJ

O coordenador para a Jornada Mundial da Juventude de 2023 (JMJ), José Sá Fernandes, não se está a entender com o presidente da Câmara de Lisboa Carlos Moedas quanto à sua função e aos gastos neste evento, mais precisamente com o palco-altar.

Perante as críticas feitas pelo executivo de Moedas, que anunciou esta semana não querer trabalhar com o responsável escolhido pelo Governo, Sá Fernandes explicou que cada entidade tem a sua função. “Eu não sou coordenador disto tudo”, expressou ao frisar: “Não me venham dizer que a culpa é minha”.

O antigo vereador de Fernando Medina esclareceu que o projeto do altar-palco, cuja construção ultrapassa os cinco milhões de euros, é uma competência do município de Lisboa, em entrevista ao programa Interesse Público, do jornal Público.

“Eu não sou coordenador geral, eu não tenho nada a ver com o palco”, comentou ao reiterar: “Desde sempre que a SRU (Sociedade de Reabilitação Urbana), da Câmara de Lisboa, ficou responsável pelo altar. Não me venham dizer que a culpa é minha”.

Quanto ao facto de ter faltado ao encontro entre a Câmara de Lisboa e a Igreja, que decorreu esta quinta-feira, José Sá Fernandes esclareceu que “não tinha de estar na reunião”, dado que “esta era uma tarefa especifica da Câmara Municipal de Lisboa, que conjuntamente com a Igreja, são estas duas entidades que a devem desenvolver”.

Embora esta ausência demostre falta de comunicação entre ambos os lados, Sá Fernandes defendeu que as tarefas estão bem definidas entre as três entidades envolvidas, nomeadamente o Governo, as câmaras e a Igreja. “Tenho de coordenar tudo o que tem a ver com a segurança, com proteção civil, com emergência médica, recentemente com a mobilidade e com todos os equipamentos que estão ligados aos sanitários e também dos ecrãs, luz e som”, comentou ao confessar: “Por outro lado, também recentemente, recebi a missão de organizar a chamada feira da alegria, juntamente com a Igreja”.

De recordar que, anteriormente, o coordenador para a JMJ criticou o preço em que vai ficar o altar-palco, ressaltando não só que os custos podiam ser mais baixos como o facto de que se podia ter recorrido a outras opções.

Na sequência desta declaração, o vice-presidente da Câmara de Lisboa, Filipe Anacoreta Correia, revelou que vai ser a autarquia a coordenar o acontecimento. “Não aceitamos mais pretensos coordenadores que não fazem nada e que não ajudam a resolver nada”, sublinhou o autarca na última reunião da Assembleia Municipal de Lisboa.

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