Guerra na Ucrânia: Empresa russa oferece prémios de mais de 70 mil euros a soldados que destruam tanques Leopard e Abrams

Ao mesmo tempo que a Alemanha e os EUA, bem como outros aliados ocidentais ainda fazem contas à operacionalização e entrega de tanques ocidentais à Ucrânia, a Rússia já trata de tomar provisões e encontrar formas de responder a este reforço na frente de guerra. Uma empresa russa até já está a oferecer incentivos aos soldados que destruam os tanques de fabrico ocidental.
Trata-se da Fores, uma empresa que produz propantes para poços de petróleo, que prometeu prémios especiais para os militares que destruam tanques M1 Abrams, de fabrico norte-americano, ou Leopard 2, de fabrico alemão. Os ‘incentivos’ começam nos cinco milhões de rublos, mais de 70 mi euros.
“Os soldados russos que destruam ou capturam os tanques Leopard 2 alemães ou Abrams norte-americanos, receberão uma recompensa em dinheiro. A Fores vai pagar cinco milhões de rublos de incentivo por cada primeiro destruído. Os subsequentes valerão um pagamento de 500 mi rublos”, lê-se no site da firma.
Assim, o primeiro taque destruído por casa soldado vale 70 mil euros, e os seguintes equivalem e cerca de 7 mil euros. A Fores promete ainda oferecer um prámio de 15 milhões de rublos, ou seja, mais de 200 mil euros, por cada avião militar F-15 ou F-16 que seja abatido.
Recorde-se que, apesar do Presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky, assim como outros responsáveis militares, já terem pedido o envio destes aviões de combate por parte dos aliados europeus, ainda não foi tomada nenhuma decisão nesse sentido.
“Estamos a testemunhar um processo de permanente escalada no conflito e de fornecimento ilimitado de armamento ao inimigo. A decisão de transferir tanques ocidentais para Kiev indica que a Nato não segue o conceito de fornecer apenas armas de defesa à Ucrânia, o que significa que nós temos de consolidar e apoiar as nossas forças armadas. Estamos a fazer isto desde os primeiros dias da operação militar especial, e vamos continuar a fazê-lo”, explica a empresa no comunicado publicado em que justificam os ‘incentivos’ à destruição.
A Alemanha, fortemente pressionada, acabou por anunciar o envio de 14 tanques Leopard para a Ucrânia, bem como a ‘luz verde’ na permissão para outros países poderem fazer o mesmo com os seus próprios veículos. Logo depois, os EUA anunciaram a ajuda com 31 tanques M1 Abrams. No entanto, os veículos só deverão chegar à frente de batalha no final do próximo mês, para além de que as tropas ucranianas ainda terão que ser sujeitas a treino para conseguirem manobrar os tanques ocidentais.