Guerra aberta aos gangues de Lisboa: PJ deteve 153 pessoas e fez mais de 400 buscas em 2021

A Polícia Judiciária abriu uma guerra aos gangues da região de Lisboa no passado, de forma a interromper a criminalidade violenta que se fez sentir.
Segundo o ‘Diário de Notícias” (DN), que cita dados da força de segurança, só em 2021 foram abertos 380 inquéritos pela Delegação de Lisboa e Vale do Tejo (DLVT) envolvendo membros destes grupos juvenis.
Em resultado, adianta o jornal, foram realizadas mais de 400 buscas domiciliárias e não domiciliárias, bem como, 153 detenções, sendo que deste total, 41% ficaram em prisão preventiva e/ou com pulseira eletrónica.
“Apesar de existir um regime penal mais favorável aos jovens entre os 16 e os 21 anos, a taxa de confirmação de detenções com medidas de coação privativas de liberdade é bastante elevada face à prática do passado”, disse fonte judicial ao ‘DN’.
A mesma fonte garantiu ainda que “o sistema judicial está a responder com força, com a convicção de que estas medidas mais duras sirvam como forma de dissuasão e estes jovens ainda tenha tempo de se recuperar”.
o ‘DN’ adianta que estes gangues são oriundos das zonas urbanas consideradas sensíveis dos concelhos da Amadora, Loures, Odivelas, Cascais e Lisboa e são constituídos principalmente por jovens entre os 16 e os 21 anos.
Em causa estão dezenas de crimes roubos, sequestros, homicídios, burlas informáticas e posse de armas brancas e de fogo proibidas. São normalmente “grupos que se conhecem da escola e as suas vítimas são algumas vezes colegas”, refere a fonte.
“Têm familiares com antecedentes criminais, as suas famílias são desestruturadas e, em geral, monoparentais, têm alguma conexão ao tráfico de estupefacientes (pequeno tráfico dirigido apenas para o consumo)”, acrescenta.