‘Galões’ e chás com carvão ativado: ‘Moda’ lançada pelas Kardashians tem ou não benefícios?

Há quem goste de café ao pequeno-almoço, outros preferem lei ou chá, e até há quem não dispense o ‘galão’ ou o ‘garoto’ (café com leite) a acompanhar a torrada ou uma sanduíche. Mas, para as irmãs Kardashian, a última tendência é mesmo bebidas com carvão ativado.

Kim Kardashian, empresária e estrela de reality-shows, deu que falar ao mostrar-se a beber um chá com carvão ativado nas redes sociais, revelando qual a sua rotina de manhã, ao pequeno-almoço.

A irmã mais velha, Kourtney, logo depressa publicou uma receita inspirada no chá de Kim, apresentando uma opção de uma café com leite ‘colorido’ com a mesma substância, o carvão ativado. Dizendo-se uma “aficionada há muito” deste produto, a empresária elogia “as suas poderosas propriedades aglutinantes”.

Mas quais são realmente os benefícios de bebidas quentes com carvão ativado?
Coloca-se a questão sobre de a adição de carvão ativado a bebidas quentes, ao pequeno-almoço, lanche ou antes de deitar, tem mesmo efeitos positivos na saúde.

“O carvão ativado funciona como um aglutinante, uma esponja que absorve diferentes tipos de químicos dentro do corpo e na pele. Tem sido usado para apoiar a recuperação de pessoas que testaram positivo a determinadas toxinas ou até a bolores”, explica Hanna Macey, nutricionista, ao portal Yahoo.

O produto é também usado habitualmente para tratar overdoses de droga ou envenenamentos acidentais, isto quando “a dose correta é dada por um profissional, já que pode juntar-se às drogas e venenos para reduzir o quando é absorvido nos intestinos”.

Assim, e apesar destas características, a especialista é contra o consumo de chã ou leite com carvão ativado, já que há pouca ou nenhuma investigação científica que comprove quaisquer benefícios.

Michelle McGuiness, nutricionista e porta-voz da Associação de Diabéticos do Reino Unido, também não está convencida sobre esta ‘moda’ popularizada pelas irmãs Kardashian, que considera “mais um exemplo de uma tendência de desintoxicação desnecessária”.
A especialista explica ao Metro que, ainda que o carvão ativado tenha “um papel significativo no tratamento de overdoses e envenenamento, através da aglutinação em químicos e a sua remoção destes no intestino”, o produto não discrimina entre o que é ‘mau’ ou ‘bom’ para o organismo, pelo que “pode remover nutrientes benéficos ou até, mais rave, medicamentos”, do organismo.

Por isso, a responsável alerta todos os que tomam medicação para que evitem o consumo de carvão ativado, sobre qualquer forma, incluindo em bebidas.

“Evidência científica dos benefícios do carvão ativado não é substancial, e os efeitos negativos podem ser prejudiciais para a saúde e bem-estar”, aponta.

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