Efeito OE2016 explica quebra do mercado em março (atualizada)

Foto: RenaultUm efeito base negativo explica a surpreendente quebra do mercado automóvel em março, depois de quatro anos de recuperação. Em março do ano passado, as vendas de automóveis foram inflacionadas pelas compras de particulares, em antecipação à entrada em vigor do Orçamento de Estado para 2016, que previa o agravamento da fiscalidade automóvel.

As vendas de ligeiros acusaram uma quebra de 2,9% em março, face aos registos do mês homólogo do ano passado, com a descida a atingir os 7,2% no mercado dos comerciais ligeiros e de 1,8% nos veículos de passageiros.

Este efeito-orçamento atá deveria ter um impacto negativo maior, que alguns analistas contactados pelo Automonitor estimam em cerca de 10%, mas o esforço de algumas marcas para atenuar a descida, com registos der matrículas no último dia do mês, amenizou a descida.

Nas vendas acumuladas do primeiro trimestre do ano, o mercado mantém uma evolução positiva de 2,9% face aos registos de 2016, com uma subida homóloga de 2,5% nas vendas de veículos de passageiros e de 7,1% nos comerciais ligeiros.

A Renault mantém uma liderança folgada do mercado, com uma um crescimento homólogo de 15,8% e uma quota de 14,2% do mercado, 1,6 pontos acima do primeiro trimestre do ano passado.

A marca francesa é aliás uma das quatro do Top 10 que não perde vendas em março e a que maior subida regista, ganhando quota a todos os rivais mais diretos.

Hyundai, Toyota e SEAT campeãs de março

No mercado de passageiros, registe-se a excelente progressão da SEAT, a capitalizar o sucesso do SUV compacto Ateca e das campanhas de run out do Ibiza, com financiamento a taxa de juro zero.

Também com um excelente em março, a Toyota conjuga o sucesso do seu novo SUV C-HR, suportado por uma campanha de lançamento de 6 milhões de euros, com a chegada a Portugal, neste mês, da sua financeira cativa.

Das marcas médias, a que mais cresce é a Hyundai, com o novo importador da marca para Portugal a fazer valer os trunfos do lançamento do novo i30 e do bom desempenho das vendes do subcompavcto i20 e do SUV Tucson.

Para o crescimento da marca contou também o regresso em força ao mercado dos comerciais. No início do ano, a Hyundai apresentou a sua gama de comerciais para Portugal, juntando o Hyundai H-1 e o novo Hyundai H350 ao Hyundai i20 Van.

Recorde-se que o novo importador, ligado ao Grupo Salvador Caetano, só assumiu a marca no início do segundo trimestre do ano passado, tendo as vendas dos primeiros três meses acusado o impacto negativo do período de transição, sobreavaliando as comparações homólogas.

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