Covid-19: Pneumologista defende antecipação da 4.ª dose para os idosos em Portugal

A pneumologista Raquel Duarte, que lidera a equipa consultiva do Governo, considerou “sensato” deixar-se para depois da Páscoa uma tomada de decisão sobre as medidas que envolvem o estado de alerta, contudo, agora, Portugal está em posição de avançar.
Em declarações ao ‘Diário de Notícias’ (DN), a responsável defendeu que se “vive uma situação de estabilidade que permite dar o passo seguinte”, sendo que o mais importante “é mantermos a proteção dos mais idosos e vulneráveis”.
Neste sentido, para a especialista é necessário “antecipar a 2.ª dose de reforço, ou 4.ª dose, uma vez que a maioria desta população, está acima dos 65 anos e foi vacinada há mais tempo”.
“Estamos a atingir uma fase de estabilidade, que é muito fruto do fator protetor da vacina, já que a primeira dose de reforço está associada a uma redução elevada das formas graves da doença – ou seja, não estamos a ter um grande efeito em termos de hospitalizações nem de mortalidade”, explicou.
Raquel Duarte continuou: “Portanto, eu diria que o cenário atual impõe uma necessidade, que é a de proteger as populações mais velhas e as mais vulneráveis, aquelas que correm maiores riscos de desenvolverem formas graves da doença”, disse citada pelo ‘DN’.
Esta necessidade, adiantou, passa “obviamente pela vacinação. Portanto, o que é preciso agora é vaciná-los, antecipando a segunda dose de reforço, tal como até já foi recomendado pelo próprio ECDC, Centro Europeu de Controlo e de Doenças e como alguns outros países da União Europeia estão já a fazer”, concluiu.
Recorde-se que o Governo reúne-se esta quinta-feira em Conselho de Ministros, podendo estar em cima um eventual alívio de medidas da Covid-19, nomeadamente no que diz respeito ao uso de máscara em espaços fechados, como escolas. Veja aqui o que pensam outros peritos sobre o assunto.