“Com este documento, que está neste momento em cima da mesa, não há a possibilidade de acordo”, avisa Mário Nogueira antes de nova ronda negocial com o Governo

Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, reforçou esta quinta-feira, dia em que os sindicatos se voltam a sentar à mesa das negociações com o Ministério da Educação, numa ronda suplementar pedida por esta estrutura sindical, que com a proposta atual do Governo, não há espaço para acordo.

O responsável assinala, em entrevista à RTP, que a proposta “tem pontos onde não foi melhorada” e admite que a posição das organizações sindicais é que o acordo “é desejável”. “Infelizmente, a proposta que temos em cima da mesa não o permite”, considera, e diz que esta será “uma última oportunidade” dada ao ministro da Educação João Costa para “resolver os problemas que existem”.

Mário Nogueira admitiu alguns “avanços”, mas que não correspondem ao reivindicado pelos sindicatos, referindo a integração de 10700 professores nos quadros, mas que deixam outros cerca 5000 de fora, que tinham “contrato ativo no passado dia 31 de dezembro”.

“O regime que nos apresentam pode vincular professores no quarto ou quinto ano de serviço e deixa de fora professores com 16 e 17 anos de serviço”, lamentou.

Mário Nogueira defende que “com este documento, que está neste momento em cima da mesa, não há a possibilidade de acordo”, mas ressalva que, na reunião de hoje, os sindicatos irão “ver se o ministro tem alguma novidade”, que permita chegar a acordo.

Os sindicatos têm outra reivindicação, relativa a uma segunda parte de negociações que respeita à recuperação do tempo de serviços, sendo que querem ver essa nova ronda agendada pelo Ministério, referindo “discriminação” entre professores do continente e regiões autónomas. “Estamos a exigir que hoje fique calendarizado o processo negocial para a recuperação do tempo de serviço”, sublinhou.

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