Chuva, infiltrações ou condensação: Saiba como proteger a sua casa da humidade

Os últimos dias têm sido de avisos do IPMA relacionados com o frio, mas ainda há poucas semanas Portugal estava sob alerta devido às fortes chuvas que se fizeram sentir em várias regiões, e que causaram, como em meses anteriores, inundações, cheias, e uma vaga de destruição.

Ainda que atualmente a chuva não se faça sentir com tanta intensidade, o ar tem estado húmido, em níveis acima de 90%, segundo o IPMA, o que é explicado pela precipitação intensa que tem sido registada, assocada às temperaturas que, antes da vaga de frio, eram mais altas do que o normal.

Em dezembro registaram-se níveis de precipitação que batem recordes de há 22 anos, e ao mesmo tempo foi o mês mais quente dos último 92 anos, o que resulta numa maior quantidade de vapor de água na atmosfera.

O ar mais húmido, associado ao facto de, no inverno, o interior das habitações ser mais quente do que o exterior, resultam no fenómeno da condensação (vista, por exemplo, nas janelas que embaciam), que cria as condições ideais a que apareçam manchas, ou até bolor, nas superfícies devido à humidade no interior das casas.

Outro fator de risco na origem da humidade nas casas são infiltrações, que podem agravar o problema, com consequências para a saúde, por exemplo, no agravamento de infeções e problemas respiratórios.

“É essencial diagnosticar a origem das manchas para encontrar uma solução definitiva para o problema da humidade. Temos de consciencializar a população que a humidade não é um mero capricho do inverno e, infelizmente, tem sempre uma causa associada, seja ela de maior ou menor dimensão”, alerta Pedro Mota Ribeiro, Diretor Geral da Ageas Repara.

Para evitar os riscos associados à humidade no interior de casa, o responsável deixa alguns conselhos a seguir

– Abrir as janelas, diariamente, pelo menos durante meia hora, especialmente nos horários de maior exposição solar por forma a não comprometer o aquecimento
– Avaliar as melhorias necessárias em casa, por exemplo, requerendo um certificado energético (que irá identificar as obras que deve fazer, que podem estar relacionadas com isolamento, caixilharia das janelas, revestimento dos tetos)
– Ligar o exaustor enquanto cozinha
– Puxar a roupa de cama para trás e deixá-la ‘respirar’ antes de fazer a cama. Assim contribui também para reduzir o aparecimento de ácaros e bactérias
– Usar um desumidificador, se se justificar
– Nas superfícies de madeira crua, deve aplicar um verzia que garanta a impermeabilização, e assim o aparecimento de manchas e bolores
– Identificar, se possível com ajuda de um perito, fissuras e possíveis fugas nas canalizações
– Caso já existam bolores, deve limpar com produtos de limpeza específicos para o efeito, ou, em alternativa, com água e lixívia
– Se tem um problema de humidade em casa com origem nas partes comuns do edifício onde vive, no caso de um prédio, pode contactar o condomínio para ver resolvida a situação