ChatGPT: O que é, como funciona e quais os riscos

Lançado há apenas dois meses, o ChatGPT não tem parado de ser motivo de debate. Este chatbot com inteligência artificial, desenvolvido pela OpenAI, destina-se ao diálogo virtual e, de momento, é completamente gratuito. Contudo, já estão a ser lançados planos pagos pelo preço de aproximadamente 18 euros mensais.
O Chat GPT, uma sigla para ‘Generative Pre-Trained Transformer [Transformador Pré-treinado Generativo]’, foi criado por um laboratório de pesquisas em inteligência artificial dos Estados Unidos da América (EUA), com sede em San Francisco, e pode ser utilizado em diversos aplicativos.
O intuito é disponibilizar recursos oferecidos por assistentes virtuais, como Alexa ou Google Assistente, oferecendo ao usuário uma forma simples de conversar e obter respostas, através de um modelo extremamente avançado de geração de texto que tem capacidade de identificar palavras-chave, contexto e diferentes significados que uma questão pode ter.
A OpenAI, criada em 2015, contou com reconhecidas personalidades para a sua fundação como Sam Altman, que está à frente das operações; Peter Thiel, cofundador do PayPal; Reid Hoffman, cofundador do LinkedIn, e Elon Musk, criador da Tesla e da SpaceX, que já não se encontra na empresa.
Como funciona?
Como toda inteligência artificial, o Chat GPT recolhe informações da Internet e transforma esses dados num algoritmo baseado em padrões e no cruzamento de conceitos, o que lhe permite responder a todas as questões, de forma objetiva ou criativa. Distingue-se de outros mecanismos de busca dada a sua capacidade de contextualizar temas e elaborar textos, letras de música, poesias, contos, códigos de programação, receitas e muito mais.
Não só tem todas estas opções disponibilizadas em diversos idiomas, como o seu algoritmo pode ser integrado noutros aplicativos, ou seja, é possível que as perguntas dos usuários sejam incorporadas em serviços como o Microsoft Word, o WhatsApp, chatbots de atendimento, entre outros. De referir que são evitados termos ofensivos e conteúdo que possa reforçar estereótipos ou preconceitos.
O sistema foi carregado com informações sobre os acontecimentos até 2021, o que significa que os eventos a partir dessa data não constam nos dados compreendidos pelo algoritmo.
Quais os riscos?
Como ainda se encontra numa fase inicial, não é possível recorrer ao Chat GPT para tomar todas as decisões, dado que as respostas podem ser imprecisas, alertaram os criadores da plataforma. Quanto ao texto que é produzido, especialmente noutro idioma que não seja inglês, tem uma qualidade abaixo do conteúdo produzido por um profissional. No entanto, é expectável que a inteligência artificial evolua e, num futuro próximo, possa escrever de forma mais complexa.
Mesmo com todos os elogios que a plataforma tem recebido, alguns peritos receiam que possa ser mal utilizada, nomeadamente para plágio, fraude e divulgação de falsas informações.
As preocupações sobre os riscos em torno da tecnologia ChatGPT estão a ser abordadas em Bruxelas e continuarão a ser, segundo o chefe da indústria da União Europeia, Thierry Breton que sublinhou a necessidade urgente da imposição de regras, numa tentativa de estabelecer o padrão global para a tecnologia.
O ChatGPT foi classificado como a aplicação de consumo de crescimento mais rápido da história, após ter funcionado apenas dois meses.