Professores em protesto: Sindicatos anunciam novas greves que começam já na última semana do mês

Os sindicatos de professores vão mesmo avançar com novos protestos e formas de luta, depois de não terem chegado a acordo completo com o Governo sobre todas as reivindicações que, desde o ano passado, têm levado os docentes a manifestar-se. Os novos protestos e greves começam já no final do mês de março, segundo anunciou hoje a Fenprof e mais outras oito estruturas sindicais que estiveram reunidas.

Assim, segundo foi anunciado, começarão a partir de dia 27 de março, ainda mediante entrega dos respetivos pré-avisos, greve ao último tempo letivo de cada professor, greve às horas extraordinárias, greve ao serviço imposto fora do horário de trabalho e à componente não-letiva.

As estruturas sindicais anunciaram ainda que vão avançar com greves por distrito, que começaram no dia 17 de abril, no Porto, e que se vão prolongar até 12 de maio.

Já para dia 6 de junho está marcada uma greve nacional de professores e uma manifestação.

Para além destas formas de luta agora anunciadas, os professores irão fazer greve às avaliações finais, como aliás a Fenprof já tinha antecipado que viria a acontecer.

Os pré-avisos de greve ainda serão entregues pelas estruturas sindicais. Também, segundo foi anunciado no final da reunião, vai dar entrada no Tribunal da Relação de Lisboa uma ação judicial, interposta pelos sindicatos, contra os serviços mínimos que foram impostos aquando da greve de 2 e 3 de março. Também vai ser apresentada queixa à Comissão Europeia, com os sindicatos a reclamarem uma limitação do direito à greve, e a exigirem reuniões com as direções dos partidos políticos.

Segundo adiantaram os sindicatos, já foi enviada para o Ministério da Educação a proposta de recuperação do tempo de serviço de professores, que tem sido uma ‘linha vermelha’ que os docentes exigem que seja resolvida, e que tem sido alvo de vários pedidos para que a negociação deste aspeto seja calendarizada.

A proposta dos professores, que deverá chegar hoje ao Ministério da Educação. prevê que a recuperação de tempo de serviço comece já em 2024, de forma a ficar concluída até ao final da atual legislatura.

Veja todas as greves anunciadas:
– Greve a todo o serviço extraordinário, com início em 27 de março de 2023;
– Greve a todo o serviço imposto fora do horário de trabalho ou em componente letiva indevida (sobretrabalho), com início em 27 de março de 2023;
– Greve a toda a atividade atribuída no âmbito da componente não letiva de estabelecimento (CNLE), com início em 27 de março de 2023;
– Greve ao último tempo letivo diário de cada docente, com início em 27 de março de 2023;
– Greve por distrito, entre 17 de abril e 12 de maio, começando no Porto, terminando em Lisboa e respeitando, entre o segundo e o penúltimo dia, a ordem alfabética inversa;
– Greve e Manifestação Nacional em 6 de junho de 2023 (6-6-23, o tempo de serviço ainda não recuperado do total que esteve congelado);
– Greve às avaliações finais (embora prevista a possibilidade de serem decretados serviços mínimos, a sua imposição em 2018 levou o Tribunal da Relação de Lisboa a declará-los ilegais).

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