Hoje é Dia Mundial do Sono: Está a dormir o suficiente? Provavelmente não, alertam especialistas

Esta sexta-feira, diz 17 de março, assinala-se o Dia Mundial do Sono, data que serve de alerta anual da Sociedade Mundial do Sono para a necessidade de dormir bem, descansado e de forma regular, para a manutenção de uma boa saúde.

Maya Ramagopal, professora na universidade Rutgers Robert Wood Johnson Medical School e especialista em medicina do sono, aponta ao Newswise as necessidades básicas no que respeita a dormir, ao longo das diferentes fases da vida do ser humano.

“As horas de sono dependem da idade da pessoa. Os bebés e crianças até aos 6 anos precisam de 11 a 14 horas diárias, já contando com sestas. As crianças em idade escolar precisam de 9 a 12 horas de sono, os adolescentes entre 8 e 10 horas e os adultos precisam de, no mínimo, sete horas de sono”, explica a especialista, alertando que de acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC), seis em cada 10 crianças e sete em cada 10 adolescentes não cumprem as horas de sono necessárias para o bem-estar geral.

O mesmo organismo aponta que cerca de 35% dos adultos, nos EUA, não dormem o suficientes todas as noites.

A Dr.ª Ramagopal recorda que a falta de sono já foi associada, em vários estudos clínicos, ao desenvolvimento de obesidade, diabetes tipo 2, problemas de saúde mental, acidentes durante a condução, problemas de atenção e de comportamento e mau desempenho escolar.

A especialista aponta que o maior fator para que as pessoas, de todas as idades, não estejam a dormir o suficientes, é o uso de aparelhos eletrónicos antes da hora de deitar. É recomendado manter hábitos de sono regulares, como a hora de deitar e acordar, ter cuidados com a temperatura do quarto, bem como o nível de luz. Os médicos aconselham evitar refeições grandes pelo menos três horas antes de deitar, bem como exercício físico vigoroso uma hora antes do sono.

Também um fato que, segundo a especialista, já foi provado que afeta o sono, é a ocorrência das alterações climáticas. “Um estudo publicado no One Earth mostra que as temperaturas mais altas encurtam o sono, atrasando a fase de descanso e aumentando a probabilidade de não dormir o suficiente. Os investigadores estimam que, até ao final deste século, as temperaturas resultem em que as pessoas durmam menos 8 a 10 minutos por noite”, clarifica.

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