O secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, revelou que existiram “surtos e casos isolados de covi-19 em 1.067 escolas”, referindo-se a “quase um milhar de turmas em casa” e “um pouco acima de 50 mil alunos estão de quarentena ou em isolamento profilático”. Em declarações à RTP 3, Nogueira considerou que “o fecho das escolas era uma inevitabilidade”, indicando que se “aligeirou muito o papel das escolas como fator de contágio e também de aumento de mobilidade e de movimentação na sociedade”.
“Ainda por cima, apesar de as escolas tudo terem feito para que as condições sanitárias fossem as melhores, houve aspetos que não puderam decidir como reduzir o número de alunos nas turmas, promover o distanciamento, contratar mais pessoas para garantir uma limpeza como a que esta situação pandémica justifica e os testes não se realizaram, mesmo em situações de infeção”, denunciou.
O responsável sindical apontou ainda para o facto de haver “muitos professores, crianças e funcionários administrativos” que se encontram em casa devido à pandemia.
Considerando difícil, face ao quadro atual, que haja regresso a aulas presenciais dentro de duas semanas, o sindicalista recomendou ainda que “o Ministério da Educação prepare o que terá de ser feito no período pós-15 dias e não fique à espera da véspera para adotar decisões”.